sábado, 10 de janeiro de 2009
O ultimo "erro grave" de Israel
Três semanas já se passaram desde que Israel iniciou um ofensiva militar contra o Hamas na Faixa de Gaza. Nesta última quinta-feira, dia 15 de janeiro, o ministro da defesa de Israel, Ehud Barak, pediu desculpas ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, pelo "erro grave" cometido pelas forças de Israel. O tal "erro" de Israel foi ter atingido duas vezes as instalações da UNRWA (missão de assistência da ONU para os refugiados palestinos), onde se encontram mais de 700 refugiados, e ferindo três funcionários da ONU.
Trata-se de uma atitude estúpida, que demonstra o completo desrespeito do Estado de Israel para com as normas e organismos internacionais. Como se já não bastasse o fato das forças israelenses impedirem a movimentação dos veículos que transportam material e pessoal de ajuda humanitária pela Faixa de Gaza, agora atacam as instalações da própria ONU, ameaçando a vida de refugiados e funcionários internacionais inocentes.
Infelizmente, é quase certo que nada aconteça ao governo de Israel pelo seu trágico "erro". Não se deve esperar nenhuma sanção ou condenação internacional ao Estado de Israel. O mesmo não aconteceria caso tal erro tivesse sido cometido por qualquer outro país da região ou por uma entidade como o Hamas (que, ideologias à parte, até agora não atingiu ninguém além de seus próprios inimigos). Se fosse esse o caso, o governo (ou organização) responsável por tal ato receberia pesadas punições como sanções internacionais por parte da ONU e das principais potências, podendo até mesmo ser retaliado militarmente. Mas, como o responsável é Israel, nada disso irá acontecer. Tudo graças à proteção dos EUA.
Enquanto contar com o aval dos EUA para bombardear a esmo, atingindo civis inocentes e prejudicando o trabalho das missões humanitárias, violando várias normas internacionais, o governo de Israel não tomará precaução alguma com a sua "mira", e qualquer um que for pego no fogo cruzado será tratado apenas como "dano colateral". Enquanto esta inércia internacional em relação ao completo descuido das forças de Israel permanecer, nem mesmo a própria ONU estará segura na Faixa de Gaza (imagine então os civis palestinos).
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