quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Os 4 Compromissos


Existem centenas de compromissos que você firmou consigo mesmo, com as outras pessoas, com seu sonho de vida, com Deus, com a sociedade, com seus pais, cônjuge e filhos. Contudo, os mais importantes são os que você fez consigo mesmo, dizendo quem você é, como se sente, no que acredita e como deve se comportar. O resultado é o que você chama de personalidade. Nesses compromissos você diz: "Isso é o que sou. Isso é aquilo em que acredito. Posso fazer certas coisas e outras, não. Essa é a realidade, aquela é a fantasia. Isso é possível, aquilo é impossível".


Um único compromisso não representa tanto problema, mas muitos deles nos fazem sofrer e fracassar. Se você quer viver uma vida de alegria e realização, precisa encontrar coragem para romper esses compromissos baseados no medo e reclamar seu poder pessoal. Os compromissos que vêm do medo exigem um bocado de energia, mas aqueles que derivam do amor nos ajudam a conservar nossa energia e, ainda, receber uma carga energética extra.


Cada um de nós nasce com uma determinada quantidade de poder pessoal, que pode ser reconstruída a cada dia após um descanso. Infelizmente desperdiçamos tudo - primeiro para criar esses compromissos, depois, para mantê-los. Nosso poder pessoal é dissipado por todas as obrigações criadas e o resultado disso é que nos sentimos vazios e frágeis. Temos poder suficiente para sobreviver a cada dia, porque a maior parte dele é usada para manter os compromissos que nos atrelam ao sonho do planeta. Como podemos transformar o sonho de nossa vida quando não temos força sequer para mudar o menor compromisso?


Se não gostamos do sonho de nossa vida, precisamos alterar os compromissos que nos regulam. Quando, finalmente, estivermos prontos para mudá-los, quatro compromissos poderosos nos ajudarão a quebrar aqueles que vêm do medo e drenam nossa energia.


A cada vez que se rompe um acordo, o poder usado para criá-lo retorna ao seu dono. Se você adotar esses quatro novos compromissos, eles criarão poder pessoal suficiente para alterar todo o seu antigo sistema de obrigações.


Você precisa de muita força de vontade para adotar os Quatro Compromissos - mas se você conseguir começar a viver sua vida de acordo com eles, a transformação será impressionante. Você verá o inferno desaparecer diante dos seus olhos. Em vez de viver um sonho infernal, estará criando um novo sonho — seu sonho pessoal do céu.Don Miguel Ruiz no livro Os quatro Compromissos – Filosofia Tolteca


Neste momento, considero importante recomendar a leitura na íntegra do livro em referência, para compreensão profunda da significância destes quatro compromissos. Eles estão listados abaixo de forma sucinta, mas jamais se sinta satisfeito com esta mera degustação, vá fundo neste compromisso com o resgate dos seus sonhos, com o resgate de você.Os quatro compromissos para a libertação do mundo da ilusão e conquista do mundo da realidade, da verdade, da meditação, da iluminação, da paz:


1- PRIMEIRO COMPROMISSO: seja impecável com sua palavra. Através da palavra torna-se possível a expressão do poder criativo. A palavra é um instrumento de magia: branca ou negra. Uma faca de dois gumes: pode materializar o mais exuberante dos sonhos ou destruir uma nação. Dependendo de como é usada, ela pode gerar liberdade ou escravidão. Ser impecável é não contrariar sua natureza, é assumir a responsabilidade por seus atos, pensamentos e sentimentos, sem julgamentos ou culpas. Sem peccatu. Ser impecável com a própria palavra é empregar corretamente a sua energia, ou seja, não desperdiçar ou perder energia e poder pessoal. É usar a palavra na direção da verdade e do amor por você. Se você se comprometer a ser impecável com sua palavra, basta essa intenção para que a verdade se manifeste por seu intermédio e limpe todo o veneno emocional que existe em seu interior.


2- SEGUNDO COMPROMISSO: não leve nada para o lado pessoal. Se você leva tudo para o pessoal é porque concorda com o que está sendo dito. Ao concordar todo o veneno passa a fazer parte de você. O que causa seu próprio envenenamento é o que os toltecas chamam de importância pessoal, expressão máxima do egocentrismo. Nada do que os outros fazem é motivado por você, é por causa deles mesmos. Todas as pessoas vivem em seu próprio sonho, nevoeiro ou mente, inclusive você. Se você aceita o lixo emocional do outro, ele passa a ser seu também. Se você se ofender sua reação será defender suas crenças e criar mais conflitos. Então, se você fica brava comigo, sei que está lidando consigo mesma. Sou apenas uma desculpa para você se irritar e fingir que não tem medo. Mas na verdade, sua braveza é uma expressão do seu medo. Sem medo não existe motivo para se irritar, brigar ou me odiar. Sem medo, não há motivo para sentir ansiedade, ciúme inveja.


3- TERCEIRO COMPROMISSO: não tire conclusões. Temos a tendência a tirar conclusões sobre tudo. Interpretar tudo segundo nossa ótica, nossa mente, nossas crenças. É que acreditamos que elas são verdadeiras. Poderíamos jurar que são reais. Tiramos conclusões sobre o que os outros estão fazendo e pensando - levamos para o lado pessoal -, então os culpamos e reagimos enviando veneno emocional com nossa palavra. Por isso, fazemos presunções, estamos pedindo problemas. Tiramos uma conclusão, entendemos de modo errado, levamos para o pessoal e acabamos criando um grande conflito interno, familiar, profissional, mundial, do nada. Como ficamos com medo de pedir esclarecimentos, tiramos conclusões e acreditamos estar certos sobre elas; depois as defendemos e tentamos tornar a outra pessoa errada. Sempre é melhor fazer perguntas do que tirar conclusões, porque as conclusões nos predispõem ao sofrimento. O grande mitote na mente humana cria um bocado de caos, que faz com que interpretemos mal e tudo errado. Apenas enxergamos o que queremos enxergar e escutamos o que queremos escutar. Temos o hábito de sonhar sem base na realidade. Literalmente, enxergamos e escutamos coisas com nossa embaçada imaginação.


4- QUARTO COMPROMISSO: dê sempre o melhor de si. Na verdade, esse é o compromisso de colocar na prática os outros 3 compromissos. Você nasceu com o direito de ser feliz. Nasceu com o direito de amar, de aproveitar e compartilhar seu amor. Você está vivo. Portanto, tome sua vida e a aproveite. Não resista à vida que está passando através de você, porque é Deus passando através de você. Apenas sua existência prova a existência de Deus. Sua existência prova a existência da vida e da energia.


Não precisamos saber ou provar coisa alguma. Simplesmente ser, assumir o risco e apreciar a vida é tudo o que importa. Diga "não" quando tiver de dizer "não" e "sim" quando tiver de dizer "sim". Você tem o direito de ser você. E só pode ser você quando dá o melhor de si. Quando não dá o melhor de si, está se negando o direito de ser você. Essa é uma semente que deve alimentar em sua mente. Você não precisa de grande sabedoria nem de grandes conceitos filosóficos. Não precisa da aceitação dos outros. Você expressa sua divindade estando vivo e amando a si e aos outros. Os primeiros três compromissos só vão funcionar se você fizer o melhor. Não espere sempre poder ser impecável com as suas palavras. Seus hábitos rotineiros são fortes e enraizados demais em sua mente. Mas você sempre pode fazer o melhor.Não espere nunca levar nada para o pessoal. Mas faça o melhor e com a maior consciência - presença - possível.


Não espere que vá parar de tirar conclusões apressadas, que vá começar a perguntar com todo o direito que todos temos. Mas com certeza, todos os santos dias de Deus, você pode fazer o seu melhor, tornando todos estes vírus que perpetuam a ilusão, que nos roubam TODAS as nossas energias através das emoções desequilibradas, INÚTEIS.E mais: conte sempre, para a boa e efetiva prática destes quatro compromissos, com os melhores óculos para enxergar tudo o que acontece à sua volta – interno e externo. Com a melhor ferramenta para desarmar Vítimas e Juízes: o RISO.


Será ele, o riso, que poderá até virar gargalhada – ou choro de tanto riso –, quando você perceber o tanto de mentira e maldade existe em algumas de suas palavras. Será ele que poderá transformar, curar: a força, a magia, a impecabilidade das suas palavras.Será ele, o riso, quem o fará rir dos momentos em que você levar – qualquer coisa - para o pessoal. É muito risível percebermos nossas próprias armadilhas de aprisionamento no próprio umbigo.Será ele, o riso, que poderá se manifestar curativamente, na hora em que você esquecer de perguntar e tirar conclusões precipitadas e enganadas pela ilusão da sua imaginativa mente enevoada (que aliás não ri ou acha graça de nada).Será ele, o riso, que o motivará a dar o melhor de si. E quanto melhor de si, mais vontade de rir, sorrir e gargalhar.Enfim, o rir nos coloca rapidamente num balão, posição em que podemos nos ver sob uma ótica muito mais ampla, panorâmica, e assim perceber o quanto “O Eu livre que voa” pode rir “de monte” do “Eu aprisionado pelas suas ilusões, crenças e condicionamentos”.Ra-ra-ra, re-re-re, ri-ri-ri, ro-ro-ro, ru-ru-ru!Será ele, o riso, que irá fazê-lo relaxar a cada momento, que com a presença do riso será REAL, na coragem "impecável" e "divertida" para se libertar!


Referências: Os quatro compromissos – o livro da Filosofia Tolteca – Don Miguel Ruiz – editora Best Seller e Quero Viver num Planeta que RI - Conceição Trucom - edição independente na forma de livro eletrônico.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Sobre o MRTA - Movimento Revolucionário Túpac Amaru

Olá Amigos;
Como estão?
Vou dar inicio a este blog falando do Movimento Revolucionário Tupac Amaru (MRTA), um movimento armado peruano, fundado em 1982, inspirado por uma ideologia radical de esquerda. Possivelmente você deve estar se perguntando, porque diabos irei falar sobre um grupo guerrilheiro, não é?

O cacique Túpac Amaru foi o heroi de um dos ultimos focos de inssurreição índigena na America Latina e lider do mais significativo movimento nativista pela independência do Peru.
O nome de Túpac Amaru entrou para o panteão dos que lutaram pela descolonização e independência das Américas, servindo no século XX como bandeira de vários movimentos revolucionários que surgirão na América Latina a partir dos anos de 1960, dentre eles o MRTA (Movimiento revolucionario Túpac Amaru).
Hojé faz exatamente 12 anos, da ultima ação armada do grupo, que teve suas fileiras desmanteladas pelo governo...
Bom, sem mais delongas!!!





Os Reclamos de Túpac Amaru







Para proteger a vida dos seus índios da província de Tinta, seus protegidos, José Gabriel Condorcanqui (Túpac Amaru) solicitou junto em uma audiência, em 23 de julho de 1777, que eles fossem liberados da mita. Nem os custos da viagem que os miteiros eram obrigados a fazer a Potosí para ir lá cumprir com o trabalho compulsório estavam sendo pagos. A razão do apelo era muito simples: os nativos estavam sendo dizimados. O visitador (autoridade que representa o rei) Areche reconheceu a justiça da reivindicação e censurou a ganância dos donos das minas, mas julgou que o assunto não cabia ser tratado pelo cacique e sim pelo governador da sua província e outras autoridades do vice-reino. Portanto, em troca de uma reparação que todos consideravam procedente, ele recebeu uma desculpa burocrática para deixar as coisas assim como estavam. Túpac Amaru, em fúria contida, voltou à Cuzco e, no caminho, entrevistou-se com vários caciques planejando a rebelião.
Outro tormento dos índios era os chamados repartos, monopólio comercial que os corregedores tinham direito. Segundo o costume, esse funcionário vendia à comunidade mercadorias variadas e imprestáveis em troca do seus produtos pelos quais pagava preços aviltantes. O que levou Túpac Amaru a escrever ao visitador Areche "este maldito e viciado reparto nos colocou nesse estado de maneira tão deplorável devido seu excesso".



A Sociedade Peruana no Século XVIII




Estima-se que ao redor de 1780 a população do país era composta por 1.800.000 de pessoas: 60% era de índios, 20% de mestiços, 5% de escravos africanos e somente 12% de brancos (crioulos ou espanhóis). A classe dominante evidentemente era formada pelos espanhóis, apelidados de chapetones, e pelos crioulos, que eram os principais funcionários, fazendeiros, comerciantes e proprietários das minas.
A república dos índios, isto é, o complexo de aldeias e vilas onde vivia a comunidade indígena, era regida por um cacique. Os índios, além do pequeno grupo de nobres, descendentes dos 11 ayllus imperiais, dividiam-se em mitayos (obrigados à mita), em yanaconas (servos domésticos), e nos jornaleros, uma massa dispersa e desamparada, que prestava serviços como peão ou mitayo.
O vice-reino do Peru era administrado de Lima, sede do poder e da Audiência Real, enquanto que as localidades o eram por meio dos ayuntamientos (Câmara de Vereadores) submetidos a um alcaide-mor ou a um corregedor.



Outras Revoltas Nativas



A região andina, ainda no século XVIII, conhecera outras revoltas, tais como dos caciques de Lima (1750) e de Trujillo (1758), a de Sica-sica (1774), a de José Gran Kispe Tito Inga (1777), a de Tomás Catari e seus irmãos (1778), além da conjuração dos prateros, em Cuzco, (similar à Inconfidência Mineira no Brasil Colônia), dirigida por Lorenzo Fartán de los Godos, devido aos excessos de impostos e abusos cometidos pelos corregedores (1780). Entretanto, a liderada por Túpac Amaru (1780-83) foi a mais espetacular de e mais retumbante de todas elas.




As Razões da Revolta




Um complexo de causas fez com que José Gabriel resolvesse pegar em armas. Além da cobiça da metrópole por mais tributos, somou-se a negativa da Audiência de Lima em isentar os índios da província de Tinta, onde Túpac Amaru era o cacique, das obrigações da mita. Havia também uma permanente tensão entre espanhóis e crioulos, e entre as autoridades civis e eclesiásticas, que ajudavam a envenenar o clima do vice-reino. Cresceu o ódio dos nativos contra a prática dos repartos mercantis, que os reduziam a dependentes perpétuos do corregedor, culminou num levante generalizado. A rebelião inicialmente tomou o cunho fidelista. Não dirigia-se contra o rei, mas sim contra seus funcionários que burlavam as leis. O objetivo era "cortar o mau governo de tanto ladrão!"




Atualmente




O grupo guerrilheiro dos Túpac Amaru, se define como uma organização político-militar, integrada pela classe operária, pelos explorados e oprimidos do Perú, cuja a ideologia é o Marxismo-Leninismo, tendo como objetivo organizar e dirigir a "Guerra Revolucionária do Povo", para derrotar o Governo legal, estabelecendo um "Poder Popular", que conduza à edificação do Socialismo. O embrião d esta organização teve seu início em 23 de novembro de 1976, quando o general do Exército Peruano, Leonidas Rodríguez Figueroa (que se encontrava exilado) funda o Partido Socialista Revolucionário (PSR), agrupando nesta organização, entre outros, ex-colaboradores do governo do general Juan Velasco Alvarado. O PSR participa do processo eleitoral para a Assembléia Constituinte, mas problemas ocorrem perante este acontecimento de "atitude eleitoreira" produzindo um rompimento em seu interior, dando origem ao PSR-ML (Partido Socialista Revolcuionário - Marxista Leninista) com dirigentes da cúpula e incluso três constituintes, organização que logo seria uma das vertentes que dariam origem ao MRTA. O MIR-VR (Movimiento de Izquierda Revolucionario - Voz Rebelde), o MIR -Norte (chamado assim por ter sua base principal em Trujillo) e o MIR-EM (Movimiento de Izquierda Revolucionario - El Militante), surgem em 1973, logo após o rompimento do MIR - Histórico. Em 1977, constituem, juntamente com outros agrupamentos de esquerda, a UDP (Unidade Democrática Popular). Em setembro de 1980, participam da constitução da Izquierda Unida (IU), produzindo-se lutas internas em 1982, recompondo-se entre os anos de 1983 e 1984. Em 1978, o MIR-EM, participa do processo eleitoral para a Assembléia Constituinte, retirando-se para formar com o PSR-ML, o PCP -Maioria, a denominada "Frente Revolucionária de Ação Socialista" (FRAS). Em 01 de março de 1982, essa Unidade adota o nome de "Movimento Revolucionário Túpac Amaru", adotando a sigla "MRTA". A organização se manteve na clandestinidade, iniciando suas primeiras ações em 1984, consistindo em expropriações de bancos e ataques a militares. Em 09 de dezembro de 1986, se constitui uma nova unidade, no evento denominado "I Comitê Central Unitário", entre o MRTA e o MIR-VR, concordando em manter o nome do MRTA, com o qual continuaram as ações revolucionárias. Seu órgão de divulgação clandestino era o impresso entitulado "Venceremos", que em 1987 mudou para "Voz Rebelde" e também a rádio "4 de Noviembro". Ademais, contava com o semanário "Cambio" como meio de difusão aberto e como órgãos de fachada tinham as organizações "Pueblo en Marcha", "UDP", "Bloque Popular Revolucionario" e "Patria Libre". O grupo tornou-se mundialmente famoso com a ocupação da embaixada japonesa em Lima (Dezembro de 1996-Abril de 1997), em que reteram centenas de importantes políticos. Os 14 membros do comando foram mortos pela polícia peruana do presidente Fujimori; todos os políticos retidos foram libertados. Na atualidade o nível de direção, devido à captura de seus principais líderes, não conta com uma estrutura de apoio ou estrutura organizativa (aparato logístico, comunicações, imprensa, etc.) e sua força especial (aparato armado) tem sido desarticulada. Não existindo indicativos da presença do MRTA no âmbito peruano, a provável reorganização está sendo estruturada no estrangeiro (Alemanha), através de seu porta-voz internacional, Isaac Cecilio Velasco Fuerte, que emite através da Internet eventuais pronunciamentos.





O MRTA conseguiu a atenção mundial em 17 de Dezembro de 1996, dia em que um grupo de guerrilheiros ocupou a residência oficial do embaixador japonês em Lima e sequestrou 490 reféns. Comemorava-se o aniversário do imperador do Japão, e na residência encontravam-se vários diplomatas, altos magistrados, políticos, importantes homens de negócios e o próprio irmão do presidente do Peru.O grupo de sequestradores era constituído por 14 elementos, incluindo duas mulheres, quase todos bastante jovens, e comandado por Nestor Cerpa Cartolini, o "comandante Evaristo". O seu objectivo era exigir a libertação de 442 correligionários detidos em cadeias peruanas.A situação arrastou-se por 126 dias, ao longo dos quais grande parte dos reféns foi sendo libertada, enquanto se estabeleciam negociações entre os guerrilheiros e o Governo, com intervenção de mediadores internacionais, da Igreja e da Cruz Vermelha. Em 22 de Abril de 1997, o presidente Alberto Fujimori ordenou o assalto à residência, no qual foram salvos os últimos reféns (eram na altura 72, mas um morreu) e mortos todos os sequestradores

A operação contou com o contributo de especialistas internacionais em luta antiterrorista. Do ponto de vista militar, foi minuciosamente preparada: foram empregues microfones introduzidos nas canalizações; sensores que permitiam seguir os movimentos das pessoas no edifício; túneis, que chegaram a atingir os 200 m de comprimento; e diverso equipamento de assalto, como granadas de gás, coletes à prova de balas, etc. Envolvendo 140 homens, o ataque teve início com uma explosão no tecto da residência e durou pouco mais de meia hora, apanhando os sequestradores de surpresa.Há notícia (por testemunho de alguns reféns libertados) de que membros do grupo terrorista se tentaram render, o que levou alguns comentadores a criticar a acção implacável das forças de assalto. Mário Soares, por exemplo, chegou mesmo a falar em "terrorismo de Estado".


*O proprietario do blog, não apoia nenhum movimento armado. Seja ele MRTA, FARC, Exercito Zapatisa, Comando Vermelho, etc...
A unica finalidade é relembrar os ensinamentos e a luta do Cacique Túpac Amaru contra a opressão e a cobiça dos povos europeus e no que seu legado se tornou. Seguramente tratou-se de uma das maiores insurgências da história da América Latina, somente equiparada em extensão e significado à Revolução Zapatista, ocorrida no México, 130 anos depois, entre 1911-17 .


Quem quiser saber mais sobre o Movimento Revolucionário Túpac Amaru, entre em sua página e tire suas proprias conclusões:

www.nadir.org/nadir/initiativ/mrta